quarta-feira, 29 de junho de 2011

Dias de Acabe

Cristãos de hoje querem ouvir apenas o que convém e não a verdade
 
Há alguns dias, quando fui fazer a leitura diária da Bíblia, pedi a Deus que me mostrasse algo diferente, algo que eu ainda não soubesse, para que eu pudesse aprender e também compor uma nova canção. Como Deus é Deus e sempre atende os seus, Ele me fez abrir a Palavra no livro de I Reis 22. Valeu muito a pena. Essa leitura me fez observar ao meu redor a incrível quantidade de “Acabes” que existem em nossos dias, seja no trabalho, em casa ou principalmente na igreja.
Acabe foi um rei politicamente muito forte, mas moralmente corrupto. Sua mulher, Jezabel, é lembrada até hoje como símbolo de idolatria. Acabe não só permitia a idolatria em Israel, propagada por sua mulher como também desprezava a voz do Senhor, que reiteradas vezes lhe alertou sobre suas atitudes. Como tem “Acabes” entre nós! E não é só por que estão idolatrando cantores (inclusive de música secular) e pregadores famosos não. Tem muito “Acabe” correndo atrás de profecias e palavras boas por aí.

Nesses “Dias de Acabe”, ninguém quer dar ouvidos ao que diz o Senhor, ao que a Palavra ensina. Hoje vale o que convém e não a verdade. Se a Bíblia diz que mentir é pecado, os ouvidos se fecham, mas se alguém diz que só uma mentirinha não mata e que é só pedir perdão, aí todos querem ouvir. Fofoca, mentira, falso testemunho, adultério, fornicação, relação homossexual, costumes mundanos, músicas mundanas... Tudo agora é “normal” e é isso que as pessoas dizem por aí: basta pedir perdão, o que vale é o amor, o amor está acima de tudo, Deus quer o coração e não seu corpo. 

Frases como essas invadiram o mundo cristão. Profecias mentirosas, tais como as dos 400 “profetas” pagos por Acabe para profetizar aquilo que o rei queria ouvir, se proliferam em nossos templos a todo instante. O pior é que isso tem se refletido em toda sociedade, que antes via a Igreja como referência, mas que hoje a vê apenas como “um segmento”. Hoje os que deveriam dizer a verdade se omitem, se calam ou, na pior das hipóteses, distorcem essas verdades.  

Micaías foi instruído a profetizar coisas boas para Acabe, mas, diferente dos demais profetas, temia ao Senhor e não teve medo de falar aquilo que Deus lhe ordenara. Esse profeta ousou e entregou a real mensagem de Jeová para o rei, de que seu exército seria disperso e Israel derrotado. Acabe não deu ouvidos e desprezou também as palavras de Elias, que tempos antes já havia profetizado sua ruína. É o cúmulo alguém pagar para ouvir o que lhe convém e foi isso que acabe fez.

O cúmulo mesmo é pensar que isso acontece (e muito) entre nós. Exemplos não me faltam, tem pastor que só aceita que amigos seus, pessoas que ele escolha, preguem em sua igreja e não é por causa da amizade propriamente dita não, é porque sabe que pode contar com aquele outro picareta ministro do Evangelho para dizer no altar só o que convém. Já vivenciei isso!

E o que falar da galera que tem sido “impactada” pela onda de louvores e pregações vingativas, que dominam tudo hoje? Vitória, bênção, curas, prosperidade, dinheiro, crescimento... Claro que todo mundo quer isso, mas ouvir as admoestações, as advertências quanto a erros, pecados, práticas erradas, heresias, isso ninguém quer ouvir. Tem igrejas hoje que sobrevivem dessa forma. Elas enchem templos imensos com pessoas em busca de ouvir coisas boas (óbvio que essa também é a função da igreja, mas não é a única), mas não falam mais de pecado, de verdadeira conversão, de idolatria, práticas sexuais abomináveis aos olhos de Deus e coisas do tipo.

Dias de Acabe, eu digo não! A oração do povo de Deus deve ser para que Ele levante uma geração de “Micaías”. A atitude do povo de Deus deve ser como a deste profeta: Falar a verdade, não omitir, não temer. Onde estão os “profetas Micaías”? Afinal, os 400 estão em todos os lugares. Volto a questionar qual é a diferença hoje da igreja para o Mundo? Nele sim, as pessoas ouvem e assimilam apenas as partes boas da Bíblia e ainda se intitulam “cristãs”. Ainda bem que na igreja não é assim! (Ah, tá).

Só pra deixar claro: O final de Acabe não foi como ele tentou acreditar que seria, mas sim como Deus e seus verdadeiros profetas haviam dito. Foi vencido e destruído. Sua vida acabou tragicamente em meio a uma batalha. Ele escolheu ouvir espíritos de mentira, falsos profetas e Jezabel, menos a Deus. E nós, que escolha fazemos?  A palavra de Deus é verdadeira e tem que ser ouvida e obedecida em todos os aspectos e não só nos que nos convém. Usando as mesmas palavras de Jon W. Quinm, assim como Acabe escolheu não acreditar em Micaías, podemos fingir não acreditar que a Bíblia diz o que diz, preferindo alguma outra coisa, mas isso não muda a verdade. Deus havia sido tão paciente com Acabe, não precisava acabar daquele jeito. Não tem que acabar daquele jeito com nenhum de nós.
Há muitos que tem seus ministérios e vidas minadas por falsas profecias. Alguns porque estão correndo atrás delas, outros porque não foram instruídos corretamente e não sabem discernir entre o que é ou não vindo de Deus. É tempo de vigiar! Ouvir a Deus e não negociar a fé 

"Jesus dizia aos judeus que criam n'Ele: Se vós permanecerdes na minha Palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos" (João 8:31)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Análise Liz Lanne - CD Glorifica

Melhor CD da cantora traz faixas num estilo bem congregacional  

Como eu havia prometido no twitter, trago aos leitores a primeira análise completa (faixa a faixa) do CD Glorifica da Liz Lanne. Aos que não conhecem a cantora, essa é uma oportunidade de conhecer por meio desse álbum, que está bem bonzinho e que reúne algumas canções muito legais para serem cantadas nas igrejas. Depois de quatro discos lançados pela MK Music que, sinceramente, não emplacaram, a irmã mais nova de Eyshila resolveu e recebeu permissão da gravadora para fazer um trabalho Ao Vivo, o que causou muita expectativa em todos os que a acompanham.


A verdade é que o CD, como eu falei está bom e realmente é o melhor que a Liz já lançou. Só que, sinceramente, eu acreditava que poderia ter sido ainda melhor. Com a produção do grande Paulo César Baruck, letras de Eyshila, Alexandre Malaquias e do próprio PC, entre outros, o álbum ficou devendo, e muito, em relação a participação da igreja na gravação. Poucas vezes ouvimos o coral cantando as canções, como é típico de CDs com essa proposta. Poucas, aliás, pouquíssimas vezes a Liz Lanne ministra durante as músicas. Geralmente as pessoas gostam dos CDs ao vivo exatamente por causa desses detalhes. Bons exemplos são os álbuns de Léa Mendonça, Jozyanne e da própria Eyshila.


Mas, não vale só a crítica. Se não estivesse bom, eu mesmo não teria ouvido zilhões de vezes como já ouvi. Não há nada de inovador para o meio gospel, mas no ministério da cantora sim, pois ela mostrou que sabe escolher um bom repertório e que pode sim fazer com que mais de uma música de um só Cd se torne conhecida. Isso porque nos discos anteriores no máximo uma música se tornava conhecida. Mas, no caso do Glorifica, há muitas que poderão ser cantadas por aí e que com certeza farão sucesso entre os corais das igrejas, principalmente de jovens. Se tiver uma boa divulgação (Esse é o segredo MK) dá para superar facilmente as vendagens dos anteriores. Até as fotos estão bonitinhas. Claro que não é uma capa magnifica, até porque ultimamente isso anda difícil lá pras bandas de São Gonçalo, mas está legal, sem exageros. Parabéns Liz Lanne e Baruck, apesar de alguns pesares, ficou muito bom sim!
Resumo: Vale a pena comprar!


Categoria: Congregacional
Bem a cara: Dos conjuntos de jovens das Assembleias
Classificação: 4 estrelas – Pelo bom repertório, boas interpretações, mas com um protesto claro pelo exagero nas edições feitas em estúdio que tiraram a “graça” do Ao Vivo.


Confira a análise faixa a faixa (Clique em "mais informações"):


01: Tudo Coopera: Assinada por PC Baruck começa muito bem o CD. Uma letra pra cima, bem jovem, animada e fácil de cantar. Ótima para os grupos de louvor e para quem gosta de ver a igreja participando em peso do louvor.


02: Mestre: Letra do Anderson Freire que, pelo incrível que pareça, só assina duas composições nesse CD. Foi escolhida pela Mk como música de trablaho, mas graças a Deus já trocaram e espero que não façam o clip dela, até porque tem uma letra bonitinha e só. Nada demais!


03: Glorifica: Escrita por Alexandre Malaquias, que anda meio sumido. É linda! A letra não é a mais incrível do mundo, porém sua simplicidade tem algo de especial. “Glorifica ao pai, glorifica ao filho, glorifica a quem realmente pode te ajudar, pois enquanto você glorifica Jesus Cristo restaura a sua vida...”. Já ouvi alguns dizerem que a ministração da cantora nessa faixa foi forçada, acredito que não, ficou bem espontânea e a cara dela. Gostei muito. Considero a melhor de todas. Com edição ou sem edição, essa está muito legal! Ouçam, cantem, glorifiquem.


04: João Viu: Também do Alexandre Malaquias. Tem uma letra meio comum sobre as visões de João na ilha de Patmos, mas arranjos bem feitos e com um back vocal que dá um brilho bem especial. Muito ao também e super indicada para os corais.
05: Tudo Posso: Canção de Eyshila: É uma boa música também. Tem uma levada bem pentecostal e uma letra fácil e legal de se cantar na igreja. Também lembra na hora os conjuntos cantando, como as duas anteriores.


06: Cristo estava morto (Loucura): Assinada por Anderson Freire e cantada por Liz Lanne com a participação do produtor do disco PC Baruck. Foi uma ótima parceria. É, sem dúvida, a segunda grande música do disco. Sem desmerecer as faixas 04 e 05 que também são ótimas, mas essa é bem simples sóq eu com boa interpretação. Nela a gente ouve a participação das pessoas durante a gravação. Não sei se foi montagem, mas ficou bom!


07: Sou teu: De Thiago Grulha e PC Baruck: Até que é boa, mas não está entre as melhores não. O destaque da faixa é que dá para ouvir algumas vozes cantando também.


08: Não mais eu (PC Baruck): Eis que surge a grande canção “enche linguiça”, como outros blogs já intitularam esse tipo de música. É boazinha, tem uma letra bonita e tal, mas só... dá uma canseira ouvir ela.... aff


09: Meu maior Tesouro: Composição da Eyshila: Já estava começando a dar sono, por causa das duas anteriores, mas aí essa reanima. Não é agitada não, mas é muito legal. Tem uma letra dessas bem clichê: “Nada vai me impedir de conquistar, de prosseguir”, mas é do tipo algo a mais. Boa para ouvir.


10: O Senhor de Tudo que há: Bem adoração, congregacional. Pena que as equipes de louvor das igrejas só cantem as músicas dos ministérios apasc num sei das quantas, DT e afins. “Toda terra se prostre diante daquele que é que sempre será Senhor de tudo o que há”. Destaque novamente para os backs.


11: Nasci pra te adorar: Segue o estilo das anteriores só que é bem melhor que as faixas 07 e 08. É bem lentinha, mas tem uma letra linda de adoração, assinada por Renato César e Davi Fernandes.


12: Tua presença: Tem uma letra bem cicletinha: “Me esconder da maldade, da soberba, da mentira, do orgulho...”. Foi escrita pela ex-MK Cristiane Ferr. È legal, mas mostra claramente o que eu havia falado antes: uma música como essa e a Liz não para nenhuma vez para a igreja cantar, não tem ministração, não se ouve a voz da galera. Acho que essa foi toda refeita em estúdio. Sei não.


13: Perfeito Salvador: Termina o CD como ele começou: animado, bem pra cima, da forma como tem que ser mesmo. A melhor parte é “Só tu és o meu perfeito salvador... Rei, senhor...” a paradinha nos instrumentos, a “virada” da bateria. Nada inovador, mas que nunca é demais. E o finzinho: Salvador... salvador, salvador perfeito!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Escondido em Deus

Experiência com Deus não se explica, se vive!

Daqui a pouco vão dizer que só falo da cantora Jozyanne nesse blog, mas fazer o que se ela está bombando nos últimos dias? Quero apenas compartilhar com todos essa dádiva dada por Deus as compositoras Gislaine e Mylena e tão bem interpretada pela Jozy. A canção, minha preferida do CD Herança, ganhou seu clip, que já está no ar no canal da MK no Youtube.
Essa música fala comigo sempre e acredito que falará com cada um que escutá-la. Parabéns as compositoras, a Jozyanne e a MK, que não produziu o clip mas resolveu lançá-lo. Ótima escolha!
Às vezes é necessário passarmos por certos momentos sem sequer entendê-los, mas lá na frente poderemos compreender sua importância. Experiências são para ser vividas e para que possamos aprender com elas. Nos momentos mais complicados, Deus permanece ao nosso lado e, ainda que não vejamos o seu agir, no final a alegria vem. Em nenhum momento somos abandonados pelo Senhor... Ainda que todos nos esqueçam, somos lembrados no céu.

Seja edificado por essa canção.

terça-feira, 21 de junho de 2011

O exemplo de Lana Holder

Distorções bíblicas e igrejas gays: onde está a verdadeira Igreja?

A igreja evangélica no Brasil passa por um momento ímpar de sua história: nunca antes esteve tão inserida nos meios de comunicação e na vida das pessoas com suas músicas, cantores e mensagens. Ao mesmo tempo, o Mundo nunca esteve tão inserido nas igrejas com seus costumes, ideias, distorções bíblicas e influência. Muitos post virão após esse sobre esse mesmo assunto, mas hoje me focarei em algo que, em especial, me chamou muito a atenção nos últimos dias: A volta de Lana Holder...
Ela impactou multidões com seu testemunho de conversão ao evangelho e de “libertação” da homossexualidade. Depois de viver anos como lésbica e ter inclusive se afundado nas drogas, Lana se converteu e logo se tornou uma grande missionária. Sua “mudança” serviu de estímulo e exemplo para inúmeras pessoas que vivia algum tipo de situação semelhante e estava disposto a mudar por amor a Cristo.

Acontece que no meio do caminho, ela caiu (teve nova relação homoafetiva), assumiu isso e ficou um tempo longe dos púlpitos. Depois voltou a pregar e falar sobre sua “superação”. Eu, particularmente, nem sabia desses detalhes, mas resolvi pesquisar depois que descobri que a missionária havia fundando uma igreja voltada ao público gay, pois havia deixado seu marido e estava vivendo com uma outra mulher, que também é “pastora” de sua denominação.

Inúmeros questionamentos ficam no ar e rondam minha mente diante do assunto. Diferente do que alguns pensaram, não criei esse blog para criticar ninguém, mas para dizer a verdade.

E a final? Onde está a verdade? Lana afirmou em várias entrevistas na última semana que nunca viveu a “libertação” que pregava nas igrejas por onde ia. Me espanta que agora muitos estão apedrejando a outrora  grande missionária pentecostal, mas se esquecem de observar que dentro de nossas igrejas existem várias situações semelhantes.

Quem, entre nós cristãos, não acredita na transformação do ser humano, na mudança? Acho que todos cremos! Isso é bíblico, a Palavra nos diz que o Pai nos aceita como somos, mas cabe a Ele transformar. Apesar disso, o que mais se observa hoje são pessoas que vivem uma mentira, que não passaram por essa mudança, mas que tentam enganar a si próprios de que isso tenha ocorrido. Onde está o Evangelho que transforma? Onde estão os homens e mulheres de Deus que oram e milagres acontecem? Porque para um homossexual deixar de ser homossexual só por um milagre. Pelo menos é isso que afirmam os próprios e também nós, os crentes.

Esses dias conversando com uma amiga da Igreja Católica, nos questionávamos o “porquê”. Sim, qual o motivo para tudo isso. Se é pecado, se aos olhos de Deus não está certo porque Ele criou as pessoas assim? Sei que muitos discordarão e me apedrejarão... Deus não criou os gays, criou o homem e a mulher... não é isso que vão me dizer? Eu sei disso, a Bíblia é bem clara nesse aspecto, mas não dá simplesmente para ignorar que nem todos os gays escolheram ser gays como as pessoas querem obrigar os outros a acreditarem. O que dizer da Lana Holder e de tantos irmãos e irmãs católicos, assembleianos, batistas, presbiterianos e de todas as outras denominações que desde cedinho já se inclinavam para esse caminho? 

Nasceram assim? É o que eles dizem. E quem prova o contrário? Nem a própria Bíblia. A Palavra deixa claro que a prática seja pecado, mas não diz que Deus não crie pessoas assim. Pode ser uma comparação idiota, mas Deus cria pessoas com deficiência visual, mental e várias outras diferenciações dos outros homens ditos “normais”. Não teria Ele criado essas pessoas com essa diferenciação para exigir delas uma renúncia ainda maior?

Meu grande questionamento é se a igreja de Cristo está preparada e instruída corretamente para lidar com essas situações? Será que ao invés de apedrejar essas pessoas, nossos grandes líderes não deveriam tentar mostrar a elas, que apesar de não terem tido a opção de escolha (pelo menos algumas delas), elas podem ter uma vida feliz abrindo mão daquilo que “gostam” ou fazem. Afinal, servir a Jesus não é isso? Abrir mão de várias coisas para poder estar ao seu lado e obter salvação! Todos nós abrimos mão de alguma coisa. O que Lana Holder parece ignorar nesse momento é exatamente isso.

O Evangelho de Cristo é inclusivo no sentido de que não despreza ninguém. Todos são aceitos pelo Senhor para fazerem parte do seu reino. Mas o Evangelho também é exclusivo no momento em que exclui as práticas erradas e influenciadas por forças que não provém do Senhor do meio do verdadeiro Povo de Deus. Onde estão os pregadores do Evangelho para fazerem este árduo trabalho? 

Não é fácil não! É preciso anunciar a Verdade (a Palavra de Deus), mas é preciso viver essa verdade. As igrejas tapam os olhos e deixam que coisas absurdas aconteçam “nos bastidores”. As evangélicas buscam atrair os fiéis da Católica, que por sua vez, está agora buscando reconquistar os dissidentes que se deixaram “seduzir” pelas evangélicas. E quem está preocupado com aqueles que desconhecem ou ignoram a Palavra, ou partes dela, no caso aqui os homossexuais? O certo não seria as igrejas atraírem esses homens e mulheres e lhes provarem que a vida com Deus é melhor e que vale a pena renunciar, abrir mão, deixar de lado, viver em novidade de vida e todos esses outros bordões que costumamos dizer?

É mais fácil combater, se omitir, se calar. Aí quando um caso como o de Lana Holder vem à tona é muito fácil criticar e dizer que ela vai para o inferno. Acorda Igreja! O caminho não é esse. Muitas vidas irão mesmo para o inferno por causa de nossa omissão. Vamos pregar e, sobretudo, viver a verdade, afinal o pecado ainda é pecado, mas enquanto a fama e o dinheiro forem a principal motivação do “ministério” de nossos principais pastores e cantores é isso que vamos ver. Fim dos tempos? Pode ser, mas que cada um terá que apresentar-se ao Pai e acertar contas com Ele, ah, isso vai!

Quanto a Lana, ao invés de julgarmos, oremos pela vida dela.

“Então Jesus chamou a multidão e os discípulos. E disse: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois, quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perde a sua vida por causa de mim e da Boa Notícia, vai salvá-la.” Marcos 8:34-35

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Centenário

100 anos da Assembleia de Deus causa movimentação $$$ nunca vista... e as almas?

Calma! Não disse que esta igreja (da qual inclusive eu faço parte) não esteja se preocupando com as almas, em salvar vidas e cumprir seu chamado. Ao contrário, a denominação continua sim fazendo isso. Mas, o que me espanta e muito me chama a atenção é o fato de que o capital, as ofertas, a bênção, o din din, a bufunfa, ou seja qual for o name que quiserem usar, parece que se tornou o centro das atenções nessa tão incrível comemoração, que, na minha humilde opinião deveria valorizar e celebrar a SALVAÇÃO em Cristo.

O que dizer do monumental Centro de Convenções construído em Belém para comemorar a data, com capacidade de abrigar 20 mil pessoas e 40 mil m²? (Acho até que esse é o primo do Templo de Salomão que a Universal está erguendo em Sampa). Não é crítica, é observação. Quanto se arrecadou dos fiéis para a construção... o retorno vai compensar... e, a propósito, qual é o retorno? É claro que tem muito projeto social no meio, ajuda a pessoas carentes, evangelização em massa, mas será que é só isso?

Esses dias assisti na TV um programa que mostrava a alegria de irmãos muito humildes da capital paraense por estarem vendendo bolo na rua e podendo contribuir para a finalização da obra. Glória a Deus pelo esforço e dedicação desses humildes homens e mulheres de Deus com o trabalho para o Senhor, mas, e os grandes onde estão? Sim, os grandes pastores, aqueles que vivem da obra, que dirigem os grandes templos e que, com certeza vão estar lá em cima do palco principal desse evento grandioso? Quantos centavos desses poucos reais, conseguidos com muito suor dos irmãozinhos mais simples irão parar no bolso destes para ajudar a manter sua obra pessoal? E o que vai gerar tudo isso? Quantas pessoas aceitarão a Cristo por causa de todo esse projeto?

Torço bastante para que muitos sejam salvos e para que a Palavra de Deus seja o centro de tudo isso. Quero estar certo de que as cabulosas brigas discussões entre pastores por status e posição almas não estejam ocorrendo nos bastidores. E não só das celebrações de Belém, cidade mãe das Assembleias, mas por todo o país, afinal o que não falta são líderes de igrejas querendo a glória pra si e dizendo que a sua comemoração é que a mais importante. Ah, e até pedindo os fiéis para boicotarem a festa do Pará. Isso é fantasia, não existe. A divisão de igrejas, o nascimento de novos ministérios, os rachas, a luta cega pelo dinheiro e o oportunismo não é real. Faz parte apenas do imaginário de pessoas maldosas e não existe dentro das igrejas, que hoje não se tornaram comércio...

Como eu queria que isso fosse verdade!