quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Reflexão: Influenciar ou ser influenciado

Qual tem sido o comportamento dos evangélicos brasileiros?

Comecei a escrever textos sobre diversos assuntos, mas como estou envolvido até o último fio de cabelo na organização da festa de jovens da minha congregação, cujo tema é “Adoradores que influenciam uma geração”, resolvi refletir e compartilhar sobre o assunto. Pensei em inúmeras e diferentes abordagens, mas, numa análise ampla, resolvi perguntar a mim mesmo e observar em meus liderados que tipo de influência temos causado nas outras pessoas. A pergunta certa talvez seja: Temos influenciado ou nos deixado influenciar?

Não é novidade para ninguém que o cristão deve viver à luz da Bíblia e mostrar isso ao mundo (MT 5:14), causando, de alguma maneira, algum tipo de influência sobre os outros. Também não é novidade dizer que hoje em dia a igreja evangélica brasileira tem mais se deixado influenciar do que influencia, mesmo com todo burburinho que às vezes causa na política ou com o "sucesso" da música gospel. Isso pode ser observado nos costumes, comportamento, atitudes, gostos musicais e televisivos e tantas outras características “mundanas” que estão, mais do que nunca, no meio do povo que se intitula “adorador”.



A verdade é que se a igreja, ou o crente, não influencia se torna influenciado. Isso é fato. Como li certa vez, ou a igreja discípula ou será discipulada pelo mundo. Eva e Adão foram influenciados pelas palavras da serpente no Éden e sofreram as consequências disso, assim como sua descendência (nós). A serpente representa o pecado, satanás e seus demônios que usam de diversas estratégias para tentar influenciar nosso modo de vida.

Pois bem, que tipo de adoradores somos nós? Os que influencia o mundo ou os que se deixam influenciar por ele? A TV, a moda, as tendências, os “amigos”, os cantores seculares têm ditado como devemos nos comportar ou temos resistido a tudo isso e influenciado os nossos colegas de escola, trabalho faculdade e porque não os da igreja? E em nossa família? Será que nosso testemunho e comportamento têm sido suficientes para nos colocar no grupo dos que influenciam? Às vezes uma maneira de ser radical de mais, ou mesmo liberal demais faz com que o mundo nos veja com olhos de incompreensão. Afinal, qual é a nossa identidade?

Se somos adoradores devemos viver como tal. Nossa vida precisa, sobretudo, ser completamente guiada pela Palavra de Deus. Não é possível ser um adorador por excelência, aquele que adora em espírito e em verdade (JO 4:23) se algumas de nossas atitudes não condizem em nada com os padrões éticos e morais do Evangelho e se algumas de nossas decisões são tomadas ao bel-prazer apenas para satisfazer vontades próprias, mesmo quando sabemos que estamos cometendo um erro em relação a Deus.

Quando conseguimos compreender e viver segundo a vontade do Senhor, saímos da classe de pessoas influenciadas por outras e passamos a receber a influência direta do Espírito Santo. Nesse momento nos tornamos influentes. Começamos a fluir esse mesmo Espírito ao nosso redor. Diferente de antes, tudo o que fazemos é bom. De nossos lábios saem palavras sábias, não mias xingamentos, palavrões ou discussões, mas sim virtude! Mesmo diante de problemas, conseguimos estar de bem com a vida e mostrar isso ao mundo. Temos prazer em fazer nosso trabalho, nossas atividades domésticas, enfim, tudo... conseguimos falar de Jesus e sermos ouvidos, conseguimos contagiar os outros. As pessoas nos veem como alguém especial. Exercemos uma influência positiva sobre elas!

Influenciar uma geração é, biblicamente falando, algo possível para um simples adorador. Foi assim, por exemplo, com Ester e Mardoqueu. Com simplicidade, fé e ousadia conseguiram livrar seu povo do extermínio, já encomendado por Hamã. Ambos causaram tamanha influência ao ponto de conseguir fazer um povo incrédulo se converter (Es 8:16). E o que dizer dos três hebreus lançados na fornalha? A fé daqueles jovens, além de livrá-los da morte, fez com que Jeová fosse adorado em Babilônia, inclusive pelo incrédulo rei (Dn 3:28).  

O que mais vamos esperar para causar esse mesmo tipo de influência, para marcar a nossa geração, como fez Ester ou Sadraque, Mesaque e Abedinego?  Seja em nossa casa, entre nossos amigos ou vizinhos precisamos fazer isso. Jó é outro exemplo importante. Mas nesse caso, ele representa a imagem de alguém que, mesmo em circunstâncias tenebrosas, não se deixou influenciar por palavras negativas, acusações e desencorajamento por parte de sua mulher e “amigos”. Temos sido assim? Ou estamos igual a Acabe ouvindo os conselhos maléficos de Jezabel?

Nós, adoradores do século XXI, precisamos recusar toda má influência em nossas vidas e, com nosso testemunho, influenciar outras a se aproximarem de Deus, a amar mais, praticar o bem, ter equilíbrio emocional e sentimental. Precisamos causar algo positivo nos outros. 

Não importa quantas pessoas seremos capazes de influenciar, mas importa que tipo de influência causaremos. Tão importante quanto é saber que a influência causada pelos outros em nós, podem até não mudar em nada a vida deles, mas a nossa pode ser modificada para sempre com isso. Portanto, busquemos a Deus antes de querermos nos levar pelas cabeças alheias ou de querermos ser exemplo para alguém. Que sejamos adoradores que influenciam... Que adoram e levam pessoas a adoração... a Deus, claro!(Por: Djan Moreno)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Análise: Raquel Mello - Passos de Fé

Depois do sucesso de "Sinais de Deus", cantora presenteia público com álbum ainda mais incrível

Como prometi no twitter há algum tempo e para a própria cantora quando gravamos nossa incrível entrevista, eis que finalmente posto a análise dessa obra prima chamada "Passos de Fé". Um ótimo CD que merece ser ouvido, faixa por faixa. A análise foi feita em parceria com meu brother @SanmuellSousa, o mais novo colaborador do Farofa Gospel. Confira, comente e espalhe por aí, afinal falar bem de quem merece é sempre muito bom!

Passos de fé é o terceiro trabalho de Raquel Mello pela Central Gospel. Produzido pelo experiente produtor Wagner Carvalho, responsável por trabalhos de outros grandes nomes como Cristiane Carvalho, Pamela e Grupo Ellas. O álbum, primeiro Ao Vivo da cantora, foi lançado no final de 2011, depois do imenso sucesso do CD Sinais de Deus e da canção Quero Descer, interpretada ao lado de Nani Azevedo. Raquel vem mais pentecostal do que nunca, mas sem perder sua essência, com uma mistura de adoração intensa, black e uma colocação de voz impecável, que se destaca em meio a qualquer arranjo. Um dos destaques são as letras, algumas delas de compositores não tão conhecidos, mas que soam perfeitas.



Eterna Graça (John Nexton) - O álbum começa com uma versão adaptada do clássico e conhecido hino “Amazing Grace” em uma introdução sussurrada da cantora que me fez lembrar a minha saudosa avó, quando eu, com os meus oito anos a escutava andando pela casa assoviando e cantando “Se as águas do mar da vida quiserem... segura na mão de Deus !”... A princípio pareceu um pouco assustador, mas o resultado ficou lindo e emocionante.

Passos de Fé (Anderson Freire e Dedé de Jesus) - Mistura o pentecostal e o congregacional com total harmonia. Nada de arranjos mirabolantes, mas a interpretação forte e a letra marcante já dão o tom de intensidade à música. Além de título do CD, a canção ganhou clipe e se tornou um dos carros-chefes do álbum.

Viverei proezas (Anderson Freire) -Com uma pegada mais “worship”, se destaca pelas linhas de baixo e guitarra de estilo ministerial com direito a solos e riffs bem marcantes, uma musica que caiu muito bem para o álbum, principalmente pelo fato do cd ter sido gravado ao vivo. Ótima pedida para cultos de jovens e momentos de adoração.

Deus dos Povos (Anderson Freire e Amaury Betoqui) - Numa batida que dá certa continuidade a anterior, vem com estilo animado e bem jovem. A música nos induz a bater palmas e celebrar junto com a cantora, É perfeita para sentar-se em uma roda de jovens, tirar o velho violão do case e começar a adorar, ou até mesmo tocar na igreja junto com o grupo de louvor, em minha opinião caberia até uma coreografia!

Nada me afastará de Deus (Wellington Gomes) - É mais que uma musica. Com um ritmo mais calmo e uma profunda declaração a Deus. A letra faz uma referência à declaração de Paulo ao Senhor na carta aos Romanos: “Não será a tristeza, angustia ou dor, nem a morte, a vida, os anjos, principados e potestades, o presente e o futuro, a altura ou a profundidade nada poderá me afastar do teu amor Jesus” , e traz para a realidade dos dias atuais.. “não será doença, desemprego ou a decepção que conseguirá diminuir minha gratidão...”. Sem dúvida, uma das melhores♪♫

Cuida de Mim (Pierri Onassis) - É mais uma declaração de amor e entrega ao Senhor. A letra é simples, mas profunda. A bateria antes do refrão dá um toque especial. A interpretação mais uma vez é um capítulo a parte... a cantora parece entoar cada palavra olhando nos olhos daquele a quem ela pede “cuida de mim”. Sensacional.

Gerado por Deus (Anderson Freire) - Arranjos simples, letra e melodia que parecem complementar a faixa seis. Aborda o já conhecido tema dos sonhos de Deus, mas a letra, especialmente no refrão, traz frases excelentes. “Jamais morrerão os sonhos de Deus, a morte é uma vírgula que Ele mesmo escreveu. Não sou um acaso, sou realização de um sonho gerado em Seu coração”. Simplesmente linda.

Unção (Carlos Mota e Otoniel de Araújo) - Depois de tantas faixas perfeitas seria até normal se nos deparássemos com alguma canção mais “fraquinha”, mas exatamente nesse ponto acontece o contrário. Unção é mais pentecostal de todas as canções. Interpretação ainda mais marcante. Raquel parece decretar sobre a igreja: “Unção para triunfar, unção para libertar e sobre a sua vida eu vou profetizar, unção...” O teclado após o coro marcante dá um charme especial. Não é a toa que essa foi escolhida como uma das músicas de trabalho, ganhou clipe e já é sucesso nas rádios, igrejas e Youtube. Composição de Anderson Freire, e méritos a ele e a cantora por seu timbre forte e voz firme que suas canções únicas e especiais.

Vou me levantar
(Pr Jorge Camargo) - Apesar do estilo mais “adoração”, a letra é do tipo bem penteca e também tem tudo para agradar. Apesar do clichê “mais que vencedor” que permeia a canção, Deus, e não o homem, permanece como o centro nesta canção.

Que venha o teu reino (Davi Fernandes e Renato César) - Com uma cara de desfecho de CD, “Que venha o teu Reino” volta ao estilo alegre, com pegada jovem, numa mistura de black e disco music, com coro bem pra cima. Deus é mais uma vez celebrado com alegria e autoridade. E Raquel mais uma vez agrada a seu público mais que crescente: os jovens. Se realmente terminasse aqui, o CD já seria perfeito.

Minha Gratidão (Raquel Mello) - Composição da própria Raquel, a música é uma das mais conhecidas da cantora e fez sucesso em seu primeiro álbum. A regravação ficou ainda mais perfeita que a versão original. A voz da cantora se apresenta muito mais madura e a interpretação dispensa comentários.

Um pedido de Amor (Rafael Oliveira e Daniel Custódio) - Todo CD tem sua canção enche linguiça, aqui diria que esta romântica interpretada ao lado do esposo, Marco Moreno, seria a bola da vez, mas quando você ouve a música e pensa naquela pessoa amada percebe que essa também vale a pena ser ouvida e cantada. Quem dera se todos os casais declarassem, pelo menos de vez em quando, um pouco de tudo que é cantado nesses versos!

Amazing Grace - Da mesma forma que começa, o CD passos de fé termina. Dessa vez, o clássico internacional é cantado em inglês.

Passos de fé foi, sem dúvida, um dos melhores lançamentos do ano de 2011. Você nem quer que eu diga se vale a pena comprar, certo? Estrelas? 5. Nota? 10. Parabéns a Raquel Mello, aos compositores e a produção, que além do Wagner Carvalho também contou com a participação do Marco Moreno. A Central Gospel também tem realizado um excelente trabalho, “dando um banho” em outras gravadoras, sobretudo no quesito “divulgação” de seus artistas.

A falência da Line Records

Gravadora deve encerrar suas atividades em 2012

É o fim para a gravadora que durante um bom tempo foi referência no meio gospel. A Line Records, de Edir Macedo, deve fechar definitivamente as portas nos próximos meses. Afundada em dívidas e remando contra a maré do sucesso da música gospel, a empresa deve encerrar suas atividades.

Mas o que se podia esperar? Não foi o seu próprio dono quem chamou os cantores gospel de endemoninhados? Não fazia sentido mantê-lospor lá. A gravadora se destacou especialmente na época do Trofeu Talento, quando "surpreendentemente" os seus artistas sempre eram os "melhores", os que ganhavam os prêmios.
 
Não fosse o sucesso de Regis Danese, hoje na MK, e seu CD Compromisso há cerca de dois anos, as portas da Line já teriam fechado. Os cantores que por lá ainda estão não vendem juntos o mesmo tanto que uma Aline Barros ou Damares da vida.
 
Enfim, queria apenas compartilhar essa boa notícia com aqueles que ainda não sabiam e comemorar, afinal tudo que vem das bandas daquele senhor que se intitula boca de Deus na terra deveria ter um fim para mostrar a ele que a soberba, a ganancia e todas as outras qualidades que lhe são típicas não levam a lugar nenhum, se não ao abismo. Boa sorte aos poucos que por lá ainda estavam, que encontrem um rumo e sejam

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Entrevista - Brenda

Revelação da música gospel, Brenda dos Santos fala da carreira e estudos em entrevista exclusiva

Em entrevista exclusiva, a cantora Brenda fala sobre a carreira, o sucesso de seu primeiro CD pela Sony Music e o namoro com o também cantor Renato Vianna. Esse presente a mim e aos leitores está gravado desde dezembro, mas só agora foi possível postá-lo.

Imperdível! É o que posso dizer. Confiram e se surpreendam com a simplicidade da cantora que atendeu a equipe do Farofa Gospel com todo carinho. Leitores, além de um rostinho bonito e um de um vozeirão que encanta a qualquer um, a moça de apenas 17 anos mostra a que veio e demonstra o quão importante é o apego com o público e bom trato com as pessoas. Ah, tem tanta gente que deveria aprender com essa menina... Assistam e comentem

O valor de um hino

Cantores cobram em média R$ 1 mil por cada hino cantado em sua igreja!

Quanto você acha que gastaria para levar uma das divas ou “divos” da música gospel em sua igreja? R$ 500? R$ 1 mil? Nada disso, bebê! O assunto é polêmico. Tem gente que acha absurdo, outros consideram a coisa mais normal do mundo. Ok, sabemos que nossos “levitinhas amados” precisam sustentar a família, pagar assessores, banda, babás para os filhos, gravação de CD, manter escritório e algumas outras cositas nem tão importantes assim. O que alguns ainda se questionam é porque cobram tão alto para louvar cantar com um playback três ou quatros hinos e voltar para casa sorrindo!

Esses dias, durante uma longa pesquisa que fiz para conseguir agendar cantores e pregadores para as festividades de minha igreja, constatei que alguns (não todos) estão de fato abusando da fé e da boa vontade dos irmãos em Cristo. Ah tá, e qual a novidade? Talvez nenhuma, mas tem muita gente nesse grupo que é bem admirada e querida pela maioria dos apreciadores da música gospel, e porque não dizer pentecostal. Sim, os canelas de fogo estão aproveitando o bom momento para “meter a faca” nos irmãos.

Basta ganhar um CD de ouro, ser indicado ao Grammy ou Trofeu Promessas alguma premiação ou contratado por uma grande gravadora para que o “sucesso” suba a cabeça. Esse é o caso, por exemplo, de vários dos artistas que entrei em contato. A burocracia para agendar alguns deles vai além do que se pode imaginar. Além da oferta um pouco salgadinha para a maioria das igrejas é preciso fazer depósitos antecipados e mais um milhão de garantias, tudo, é claro, para evitar calote para os cantores que já foram vítimas disso. Alguns nos fazem assinar e preencher extensos formulários com perguntas que vão desde “qual o tamanho do local?” até “qual o intuito do evento?” para depois nos mandar respostas do tipo “Favor entrar em contato dois meses antes”. Será que querem que eu levante R$ 10 mil em dois meses?! Ai ai, viu! Pois sim, mas para as igrejas nenhuma garantia, afinal, contrato a maioria deles não assina, mas receber o CACHÊ antes de cantar é muito fácil né?

R$ 1 mil. Esse é o valor médio de cada 1 HINO cantado por algum penteca em sua igreja. Podem me chamar de louco, dizer que não tenho ética ou o escambal, mas foi o que constatei e vou postar aqui para que você possa ter uma opinião formada sobre o assunto. Um(a) cantor (a) penteca cobra, em média, R$ 4 mil por noite quando vai cantar fora de seu estado (isso, fora o óbvio, que são as passagens e hospedagem para ele (a) + um acompanhante). Levando em conta que eles “louvam” sempre uns três hinos antes da pregação e mais um no final para que o “fogo caia”, é fácil resumir que cada hino cantado custou R$ 1 mil, certo? E isso quando, os adoradores não pedem, além da humilde oferta, para você vender mais 150, 200 ou 300 CDS.

Estou falando de cantores bons, conhecidos, mas que nem são tão “tops” assim. Os “tops” mesmo, as consideras divas das divas, os platinados, já não podem mais se apresentar em igrejas. Seu sucesso é muito grande para isso e playback também não faz parte de seu vocabulário. Eles só fazem shows e com banda, e os valores... é melhor nem comentar! O assessor de uma das mais mais de todos os tempos me disse que playback é coisa do passado e que sua patroa só marca o evento quando já está muito próximo porque “vai que ela recebe um outro convite, tipo para se apresentar na TV?” Agora vê se pode! Pior que essa foi outra que, só porque seu último CD vendeu como água no deserto, alcançou disco de platina e gravou DVD, triplicou, de um ano para outro, o valorzinho da oferta cobrada! Ainda tem também os que batem o pé e dizem que não se apresentam mais de um dia num mesmo lugar.

Até onde eles estão certos ou errados? Não sei! Eles vivem disso, é até pouco se comparado com o dinheiro do dízimo das igrejas, como eles vão manter o ministério? etc, etc, etc... Esses são os principais argumentos usados pelos próprios e por seus defensores, mas vem cá, você que está lendo esse post, quanto tempo gasta pra ganhar R$ 4 mil, R$ 6 mil? Cobrar para louvar ao Senhor é algo meio maluco... Antigamente isso seria visto como um absurdo, hoje eu sou o errado por tocar nesse assunto. Quem está errado realmente? Se nossos levitas pregam o Evangelho por meio de seus louvores, quer dizer que agora o “evangelhez” só deve ser ministrado se pagarem por isso? É tudo meio louco, mas é assim que é... 

Agora, eu mesmo consideraria mais do que justo entregar uma oferta dessas para um desses nossos irmãos levitas que viesse para minha cidade e participasse realmente do evento que estamos promovendo. Cantar três ou quatro hinos é muito fácil. Quero os ver é saindo no dia do evento para evangelizar na rua com o sol escaldante sobre suas cabeças ou pegando chuva, fazendo visita para desviados junto com os irmãos da igreja, chegando cedo ao culto para interceder pelas almas, aproveitando que está em um local que não conhecia para pregar nas lojas e monumentos que visitam para as pessoas que encontram. 

O papel deles como artistas estão fazendo muito bem, mas e o de servo, de missionário? estão também? Ou você não sabe que existem regras que, com ou sem contrato, as igrejas têm que cumprir, como não fazer com que o cantor “louve” pela manhã, ou fora daqueles 20 ou 30 minutos de culto destinados a sua apresentação? Se são artistas que ajam sim como tal, mas que lembrem-se que é preciso haver diferença entre os do mundo e os de Cristo. E onde estão as diferenças? Podem me crucificar, mas queria expressar esse meu sentimento de perplexidade em relação ao assunto para conhecer também a opinião de outras pessoas. Expressem o que pensam e confiram também a matéria do Gospel Channel sobre este assunto”.