sexta-feira, 17 de junho de 2011

Centenário

100 anos da Assembleia de Deus causa movimentação $$$ nunca vista... e as almas?

Calma! Não disse que esta igreja (da qual inclusive eu faço parte) não esteja se preocupando com as almas, em salvar vidas e cumprir seu chamado. Ao contrário, a denominação continua sim fazendo isso. Mas, o que me espanta e muito me chama a atenção é o fato de que o capital, as ofertas, a bênção, o din din, a bufunfa, ou seja qual for o name que quiserem usar, parece que se tornou o centro das atenções nessa tão incrível comemoração, que, na minha humilde opinião deveria valorizar e celebrar a SALVAÇÃO em Cristo.

O que dizer do monumental Centro de Convenções construído em Belém para comemorar a data, com capacidade de abrigar 20 mil pessoas e 40 mil m²? (Acho até que esse é o primo do Templo de Salomão que a Universal está erguendo em Sampa). Não é crítica, é observação. Quanto se arrecadou dos fiéis para a construção... o retorno vai compensar... e, a propósito, qual é o retorno? É claro que tem muito projeto social no meio, ajuda a pessoas carentes, evangelização em massa, mas será que é só isso?

Esses dias assisti na TV um programa que mostrava a alegria de irmãos muito humildes da capital paraense por estarem vendendo bolo na rua e podendo contribuir para a finalização da obra. Glória a Deus pelo esforço e dedicação desses humildes homens e mulheres de Deus com o trabalho para o Senhor, mas, e os grandes onde estão? Sim, os grandes pastores, aqueles que vivem da obra, que dirigem os grandes templos e que, com certeza vão estar lá em cima do palco principal desse evento grandioso? Quantos centavos desses poucos reais, conseguidos com muito suor dos irmãozinhos mais simples irão parar no bolso destes para ajudar a manter sua obra pessoal? E o que vai gerar tudo isso? Quantas pessoas aceitarão a Cristo por causa de todo esse projeto?

Torço bastante para que muitos sejam salvos e para que a Palavra de Deus seja o centro de tudo isso. Quero estar certo de que as cabulosas brigas discussões entre pastores por status e posição almas não estejam ocorrendo nos bastidores. E não só das celebrações de Belém, cidade mãe das Assembleias, mas por todo o país, afinal o que não falta são líderes de igrejas querendo a glória pra si e dizendo que a sua comemoração é que a mais importante. Ah, e até pedindo os fiéis para boicotarem a festa do Pará. Isso é fantasia, não existe. A divisão de igrejas, o nascimento de novos ministérios, os rachas, a luta cega pelo dinheiro e o oportunismo não é real. Faz parte apenas do imaginário de pessoas maldosas e não existe dentro das igrejas, que hoje não se tornaram comércio...

Como eu queria que isso fosse verdade!

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