Melhor CD da cantora traz faixas num estilo bem congregacional
Como eu havia prometido no twitter, trago aos leitores a primeira análise completa (faixa a faixa) do CD Glorifica da Liz Lanne. Aos que não conhecem a cantora, essa é uma oportunidade de conhecer por meio desse álbum, que está bem bonzinho e que reúne algumas canções muito legais para serem cantadas nas igrejas. Depois de quatro discos lançados pela MK Music que, sinceramente, não emplacaram, a irmã mais nova de Eyshila resolveu e recebeu permissão da gravadora para fazer um trabalho Ao Vivo, o que causou muita expectativa em todos os que a acompanham.
A verdade é que o CD, como eu falei está bom e realmente é o melhor que a Liz já lançou. Só que, sinceramente, eu acreditava que poderia ter sido ainda melhor. Com a produção do grande Paulo César Baruck, letras de Eyshila, Alexandre Malaquias e do próprio PC, entre outros, o álbum ficou devendo, e muito, em relação a participação da igreja na gravação. Poucas vezes ouvimos o coral cantando as canções, como é típico de CDs com essa proposta. Poucas, aliás, pouquíssimas vezes a Liz Lanne ministra durante as músicas. Geralmente as pessoas gostam dos CDs ao vivo exatamente por causa desses detalhes. Bons exemplos são os álbuns de Léa Mendonça, Jozyanne e da própria Eyshila.
Mas, não vale só a crítica. Se não estivesse bom, eu mesmo não teria ouvido zilhões de vezes como já ouvi. Não há nada de inovador para o meio gospel, mas no ministério da cantora sim, pois ela mostrou que sabe escolher um bom repertório e que pode sim fazer com que mais de uma música de um só Cd se torne conhecida. Isso porque nos discos anteriores no máximo uma música se tornava conhecida. Mas, no caso do Glorifica, há muitas que poderão ser cantadas por aí e que com certeza farão sucesso entre os corais das igrejas, principalmente de jovens. Se tiver uma boa divulgação (Esse é o segredo MK) dá para superar facilmente as vendagens dos anteriores. Até as fotos estão bonitinhas. Claro que não é uma capa magnifica, até porque ultimamente isso anda difícil lá pras bandas de São Gonçalo, mas está legal, sem exageros. Parabéns Liz Lanne e Baruck, apesar de alguns pesares, ficou muito bom sim!
Resumo: Vale a pena comprar!
Categoria: Congregacional
Bem a cara: Dos conjuntos de jovens das Assembleias
Classificação: 4 estrelas – Pelo bom repertório, boas interpretações, mas com um protesto claro pelo exagero nas edições feitas em estúdio que tiraram a “graça” do Ao Vivo.
Confira a análise faixa a faixa (Clique em "mais informações"):
01: Tudo Coopera: Assinada por PC Baruck começa muito bem o CD. Uma letra pra cima, bem jovem, animada e fácil de cantar. Ótima para os grupos de louvor e para quem gosta de ver a igreja participando em peso do louvor.
02: Mestre: Letra do Anderson Freire que, pelo incrível que pareça, só assina duas composições nesse CD. Foi escolhida pela Mk como música de trablaho, mas graças a Deus já trocaram e espero que não façam o clip dela, até porque tem uma letra bonitinha e só. Nada demais!
03: Glorifica: Escrita por Alexandre Malaquias, que anda meio sumido. É linda! A letra não é a mais incrível do mundo, porém sua simplicidade tem algo de especial. “Glorifica ao pai, glorifica ao filho, glorifica a quem realmente pode te ajudar, pois enquanto você glorifica Jesus Cristo restaura a sua vida...”. Já ouvi alguns dizerem que a ministração da cantora nessa faixa foi forçada, acredito que não, ficou bem espontânea e a cara dela. Gostei muito. Considero a melhor de todas. Com edição ou sem edição, essa está muito legal! Ouçam, cantem, glorifiquem.
04: João Viu: Também do Alexandre Malaquias. Tem uma letra meio comum sobre as visões de João na ilha de Patmos, mas arranjos bem feitos e com um back vocal que dá um brilho bem especial. Muito ao também e super indicada para os corais.
05: Tudo Posso: Canção de Eyshila: É uma boa música também. Tem uma levada bem pentecostal e uma letra fácil e legal de se cantar na igreja. Também lembra na hora os conjuntos cantando, como as duas anteriores.
06: Cristo estava morto (Loucura): Assinada por Anderson Freire e cantada por Liz Lanne com a participação do produtor do disco PC Baruck. Foi uma ótima parceria. É, sem dúvida, a segunda grande música do disco. Sem desmerecer as faixas 04 e 05 que também são ótimas, mas essa é bem simples sóq eu com boa interpretação. Nela a gente ouve a participação das pessoas durante a gravação. Não sei se foi montagem, mas ficou bom!
07: Sou teu: De Thiago Grulha e PC Baruck: Até que é boa, mas não está entre as melhores não. O destaque da faixa é que dá para ouvir algumas vozes cantando também.
08: Não mais eu (PC Baruck): Eis que surge a grande canção “enche linguiça”, como outros blogs já intitularam esse tipo de música. É boazinha, tem uma letra bonita e tal, mas só... dá uma canseira ouvir ela.... aff
09: Meu maior Tesouro: Composição da Eyshila: Já estava começando a dar sono, por causa das duas anteriores, mas aí essa reanima. Não é agitada não, mas é muito legal. Tem uma letra dessas bem clichê: “Nada vai me impedir de conquistar, de prosseguir”, mas é do tipo algo a mais. Boa para ouvir.
10: O Senhor de Tudo que há: Bem adoração, congregacional. Pena que as equipes de louvor das igrejas só cantem as músicas dos ministérios apasc num sei das quantas, DT e afins. “Toda terra se prostre diante daquele que é que sempre será Senhor de tudo o que há”. Destaque novamente para os backs.
11: Nasci pra te adorar: Segue o estilo das anteriores só que é bem melhor que as faixas 07 e 08. É bem lentinha, mas tem uma letra linda de adoração, assinada por Renato César e Davi Fernandes.
12: Tua presença: Tem uma letra bem cicletinha: “Me esconder da maldade, da soberba, da mentira, do orgulho...”. Foi escrita pela ex-MK Cristiane Ferr. È legal, mas mostra claramente o que eu havia falado antes: uma música como essa e a Liz não para nenhuma vez para a igreja cantar, não tem ministração, não se ouve a voz da galera. Acho que essa foi toda refeita em estúdio. Sei não.
13: Perfeito Salvador: Termina o CD como ele começou: animado, bem pra cima, da forma como tem que ser mesmo. A melhor parte é “Só tu és o meu perfeito salvador... Rei, senhor...” a paradinha nos instrumentos, a “virada” da bateria. Nada inovador, mas que nunca é demais. E o finzinho: Salvador... salvador, salvador perfeito!